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Eleições legislativas de Angola de 2008

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Eleições legislativas de Angola de 2008
220 representantes na Assembleia Nacional
5-6 de agosto de 2008
Tipo de eleição:  Geral
  
89.42%  
José Eduardo dos SantosMPLA
Votos: 5.266.216  
  
81.64%
Isaías SamakuvaUNITA
Votos: 670.363  
  
10.39%
Eduardo KuanganaPRS
Votos: 204.746  
  
3.17%
Quintino de MoreiraNDUE
Votos: 77.141  
  
1.20%
Ngola KabanguFNLA
Votos: 71.416  
  
1.11%


Presidente de Angola

As Eleições legislativas de 2008 em Angola foram realizadas em a 5 e 6 de setembro de 2008, como anunciado pelo presidente José Eduardo dos Santos a 27 de dezembro de 2007[1][2].

Os angolanos votaram pela primeira vez, desde 1992, para escolher, entre 14 formações políticas, o seu segundo parlamento desde que se tornou independente de Portugal, em 1975. A União Africana foi convidada a enviar observadores para o processo de votação e apuração dos votos. A União Europeia mandou uma equipa de 90 observadores.[3]

Concorreram às legislativas em Angola 10 partidos políticos e quatro coligações. Estavam registados 8,3 milhões de eleitores para eleger os 220 deputados à Assembleia Nacional e o novo Governo.[4][5] Os partidos PDA, PSD, PREA (entre dezenas de outros partidos) não reuniram as pré-condições exigidas pela Comissão Nacional Eleitoral.

Recenseamento

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O registo de eleitores deveria ter tido lugar entre o final de 2006 e o ano de 2007. Originalmente, estava programado para acontecer em 1997, mas foi adiado numerosas vezes devido a problemas organizacionais e logísticos.[6][7]. No início de Agosto de 2007, um mês antes do final do período de registo, mais de sete milhões de eleitores já haviam se recenseado para as eleições.[8]. Mais de oito milhões estavam recenseados em Agosto de 2008.[4]

Acusação de intimidação

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A oposição acusou o partido do MPLA de atacar uma delegação que fazia campanha na cidade de Londuimbali, na região central do país[9]. Sendo que se tratava de um comportamento de grupo isolados.

Em comunicado, a UNITA afirmou que o MPLA, realizou um "ataque violento com mais de 100 agressores munidos de pedras e paus" a uma delegação que fazia campanha da oposição na Província de Huambo.

Pedido de reorganização

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O principal partido da oposição no país, União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), por meio do seu presidente Isaias Samakuva pediu a repetição das eleições legislativas no país no prazo de oito dias devido aos atrasos que marcaram o pleito realizado no dia 5, descrita pelo líder da oposição como "um desastre", com inúmeros atrasos por todo o país. Além disso, foi pedido à comissão a realização de um novo pleito. Os observadores da União Europeia reclamaram, também, da desorganização na votação, na qual o partido da situação, MPLA, esperava estender o seu governo de mais de três décadas[10].

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgou em 10 de Setembro os últimos resultados parciais das legislativas angolanas, os quais confirmam a vitória do governista Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) com 81,76% dos votos emitidos.[11]

Segundo a CNE, o MPLA recebeu 4.520.453 votos, contra 572.523 da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que correspondem a 10,36% e colocam o principal partido opositor em segundo lugar na preferência do eleitorado angolano.

Em terceiro lugar ficou o Partido de Renovação Social (PRS), com 173.546 votos, que representam 3,14% do total.

Referências

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